O Governo do Estado anunciou e a Prefeitura de São Gonçalo
comemora mas vai ser difícil convencer a população de que é verdade. Segundo ambos, a Secretaria Nacional de
Transporte e da Mobilidade Urbana, vinculada ao Ministério das Cidades, aprovou
a elaboração de estudos e projetos para o corredor rodoviário Neves - Gebara e
para a ciclovia Neves – Guaxindiba, em São Gonçalo. O tema é antigo e muito importante para o Comperj, mas desde o
anúncio a Linha 3 do Metrô sofre revezes, tendo sido paralisado ainda nos estudos, quando o TCU descobriu indícios de superfaturamento. O novo projeto terá verba de R$ 2,8 milhões para financiar os estudos necessários.
Melhorar o sistema viário no trecho anunciado já é uma
necessidade muito além do Comperj, com ou sem refinaria, e segundo a Secretaria de
Estado de Transportes, o projeto do BRS - Bus Rapid Sytem - consiste na criação de um binário
aproveitando uma pequena parcela do eixo desativado da antiga ferrovia (mesmo
traçado proposto para a Linha 3 do metrô) e o sistema viário do município.
O binário deverá ser composto por faixas exclusivas
destinadas ao transporte coletivo, prevê a criação de uma ciclovia ligando os
bairros de Neves e Guaxindiba, e os estudos deverão compatibilizar a
implantação do corredor rodoviário com a perspectiva de uma futura implantação
de um sistema ferroviário de alta capacidade, em via elevada.
A falta de credibilidade da população tem seus motivos. O
primeiro dele foi o anúncio, em 2013, feito pela Presidente Dilma Roussef, no
Clube Mauá, quando garantiu a construção de um sistema de monotrilho para o
trecho Niterói-São Gonçalo-Itaboraí no valor de R$ 2,570 bilhões. Segundo ela,
na época, a verba era de R$ 9 milhões para a prefeitura e mais R$ 20 milhões
para corredor viário e ciclovia, obras que seriam iniciadas em 2014.
E em 2014, sem ter sido colocado sequer um prego nas obras
anunciadas pela presidente, foi a vez do então Prefeito de São Gonçalo, Neilton
Mulin, embarcar na lenda, anunciando BRT com estações desde o bairro Gradim até
o de Santa Isabel, mais ciclovia, faixa seletiva e... a Linha 3 com direito a passeio
pelo antigo ramal ferroviário e fotos com executivos da Caixa Econômica.
Em 2016 o atual prefeito também se comprometeu com o tema. A poucos dias de assumir o mandato na prefeitura gonçalense o então deputado Jose Luiz Nanci, aguardando ser empossado, anunciava um dos principais projetos de seu governo: uma linha de BRT (Bus Rapid Transit), ligando Alcântara até Neves, com possibilidade de se estender até Niterói.
O projeto do Comperj se desfez, a presidente Dilma não se reelegeu, o ex-prefeito Neilton Mulim está preso e apenas o sonho de solução para os milhares de passageiros que diariamente viajam espremidos em ônibus e perdendo horas de seu dia no trânsito, continua.
O projeto do Comperj se desfez, a presidente Dilma não se reelegeu, o ex-prefeito Neilton Mulim está preso e apenas o sonho de solução para os milhares de passageiros que diariamente viajam espremidos em ônibus e perdendo horas de seu dia no trânsito, continua.
Em 2018, desde que assumiu a presidência do Conleste, Rodrigo Neves, Prefeito de Niterói, se repete em cada reunião do consórcio, sobre a necessidade de melhorias no sistema viário gonçalense.
Independente dos novos rumos do Comperj e mesmo sem a amplitude do projeto inicial, os municípios de Itaboraí e São Gonçalo enfrentam um inchaço populacional sem precedentes, principalmente o primeiro, vitima da migração provocada pelo anúncio da Petrobras. Novos bairros e principio de favelização são problemas enfrentados por essas prefeituras.
Independente dos novos rumos do Comperj e mesmo sem a amplitude do projeto inicial, os municípios de Itaboraí e São Gonçalo enfrentam um inchaço populacional sem precedentes, principalmente o primeiro, vitima da migração provocada pelo anúncio da Petrobras. Novos bairros e principio de favelização são problemas enfrentados por essas prefeituras.
Em Itaboraí recentemente a prefeitura discutiu o seu Plano
de Mobilidade Urbana, em parceria com o Governo do Estado e com a Câmera
Metropolitana, visando a capacitação de técnicos
que vão elaborar os planos de mobilidade setoriais dos municípios, atendendo a
Lei nº 12.587/2012 que determina que
todos os municípios com mais de 20 mil habitantes são obrigados a elaborar o
Plano de Mobilidade Urbana.
Pelo novo projeto do corredor viário a implantação poderá
ser feita em fases. Na primeira ocorrerá a construção do corredor exclusivo de
transporte, incluindo via exclusiva para ônibus; paradas de ônibus cobertas,
espaçadas e escalonadas, de acordo com o destino (Linhas Municipais - BRS1,
Intermunicipais - BRS2 e BRS3); construção de calçada e ciclovia ao longo de
todo o corredor; sinalizações horizontal, vertical e semafórica, com
preferência para o transporte público; iluminação; e arborização.
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