quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

AMEAÇA DE UM COLAPSO NO REFINO PODE TRAZER MAIS PRESSÃO POLÍTICA EM PROL DO COMPERJ


Volta do Comperj


A construção de uma nova refinaria no Comperj agora vai ganhar pressão política. A previsão de racionamento, a partir de estudos encomendados pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes – Sindicom – levou o sindicato a uma agenda de cobranças por investimentos que deverá ganhar mais intensidade em 2018. “O País do pré-sal corre risco de um racionamento de combustíveis a partir de 2025 por falta de refinaria para processar o petróleo e de infraestrutura para importar” alertou sobre o assunto, a jornalista Tereza Cruvinel.

Segundo a consultoria Strategy&/PwC sem investimentos em sete anos o abastecimento, especialmente de diesel, ficará comprometido mas presidente do Sindicom, Leonardo Gadotti, alerta que o prazo e o tamanho da crise dependem do crescimento do consumo e dos preços. "Os problemas podem ser antecipados se o País crescer mais que o previsto. Mas o consumo pode ser reduzido por força de preço" ressalva.

O resumo do estudo aponta um déficit de 19 bilhões de litros de combustíveis em 2030 e para reverter o quadro que exigiria importação de combustíveis e investimentos em portos, tanques, ferrovias e dutos, a produção deveria ser revista em pelo menos 300 mil barris/dia a mais, um gasto previsto de R$ 33 bilhões.

O Comperj aparece naturalmente como solução dessa crise antecipada de refino por oferecer praticamente toda a estrutura necessária. Mas para isso acontecer precisa força política, já que a Petrobras, desde a Lava Jato, parece não ter mais tanto interesse pelo projeto em Itaboraí.

No quesito político o Comperj conta com os prefeitos, liderados no Conleste pelo colega de Niterói, Rodrigo Neves, e em Brasília pela recém formada Frente Parlamentar do Conleste, presidida pelo deputado federal Altineu Cortes, que conta com 19 parlamentares fluminenses, entre outros de vários estados.

Segundo a Petrobras, em novembro a produção de petróleo operada pela Petrobras na camada pré-sal, atingiu um novo recorde diário, alcançando a marca de 1,45 milhão de barris no dia 30 de novembro. Assim, tanto pela produção quanto pelo crescimento econômico estimado pelo governo em sucessivos anúncios, o refino se estabelece como prioridade e o Comperj se firma como uma opção mais viável de solução.




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