Embora ainda não se possa comemorar, a participação dos
chineses no Comperj poderá mesmo ser mais que a construção de uma UPGN – Unidade de Processamento de Gás
Natural - obra que deverá ter início já em fevereiro. Segundo a agência Reuters
de notícias, membros do governo brasileiro, liderados pelo o ministro de Minas
e Energia, Fernando Coelho Filho, estiveram na China na última segunda-feira, 22,
onde se reuniram com empresas chinesas para tratar de, entre outros assunto, a conclusão do Comperj.
"Em resumo, a visita do ministro Fernando Coelho Filho
hoje a Pequim coloca o Brasil mais próximo de receber investimentos chineses na
área de refino", disse o secretário de óleo e gás da pasta, Márcio Félix,
que segundo a Reuters, participou das conversas.
Félix disse que a viagem além do caráter de agradecimento
pelos investimentos em exploração e produção, feitos pelos chineses no ano
passado, pretendeu também conversar negócios em refino, em parceria com a nossa
estatal ou em outros novos projetos. O secretário falando para a agência, lembrou
ainda que o nosso mercado recebe atenção pelos atrativos que reúne, e por isso
as conversas tem potencial de avançar.
Desde o ano passado a Petrobrás mantém um canal de entendimento
com os chineses que agora atuam no Comperj e desde 2015 a estatal anunciou que
refino e petroquímica não são mais foco da empresa. A Petrobras
assinou recentemente um memorando com os chineses onde se cogita parcerias para negócios no Estado do Rio,
incluindo o Comperj, suscitando expectativas para o aproveitamento do projeto,
atualmente paralisado pela estatal com prejuízo de US$ 12,5 bilhões à Petrobras, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).
O Comperj, uma promessa de redenção para o Estado e
principalmente para Itaboraí, já custou US$ 13 bilhões e a paralisação do
projeto custou o emprego de mais de 20 mil trabalhadores. No final do Governo
Dilma teria acontecido a primeira aproximação com os chineses, que estariam
comprando o projeto, negócio que foi denunciado publicamente como desfavorável
para a Petrobras, incluindo suspeitas de favorecimento ilícitos.
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