terça-feira, 23 de janeiro de 2018

VISITA A CHINA DEIXA NOVAMENTE SONHAR COM O COMPERJ



Embora ainda não se possa comemorar, a participação dos chineses no Comperj poderá mesmo ser mais que a construção de uma UPGN – Unidade de Processamento de Gás Natural - obra que deverá ter início já em fevereiro. Segundo a agência Reuters de notícias, membros do governo brasileiro, liderados pelo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, estiveram na China na última segunda-feira, 22, onde se reuniram com empresas chinesas para tratar de, entre outros assunto,  a conclusão do Comperj.

"Em resumo, a visita do ministro Fernando Coelho Filho hoje a Pequim coloca o Brasil mais próximo de receber investimentos chineses na área de refino", disse o secretário de óleo e gás da pasta, Márcio Félix, que segundo a Reuters, participou das conversas.

Félix disse que a viagem além do caráter de agradecimento pelos investimentos em exploração e produção, feitos pelos chineses no ano passado, pretendeu também conversar negócios em refino, em parceria com a nossa estatal ou em outros novos projetos. O secretário falando para a agência, lembrou ainda que o nosso mercado recebe atenção pelos atrativos que reúne, e por isso as conversas tem potencial de avançar.

Desde o ano passado a Petrobrás mantém um canal de entendimento com os chineses que agora atuam no Comperj e desde 2015 a estatal anunciou que refino e petroquímica não são mais foco da empresa. A Petrobras assinou recentemente um memorando com os chineses onde se cogita parcerias para negócios no Estado do Rio, incluindo o Comperj, suscitando expectativas para o aproveitamento do projeto, atualmente paralisado pela estatal com prejuízo de US$ 12,5 bilhões à Petrobras, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). 

O Comperj, uma promessa de redenção para o Estado e principalmente para Itaboraí, já custou US$ 13 bilhões e a paralisação do projeto custou o emprego de mais de 20 mil trabalhadores. No final do Governo Dilma teria acontecido a primeira aproximação com os chineses, que estariam comprando o projeto, negócio que foi denunciado publicamente como desfavorável para a Petrobras, incluindo suspeitas de favorecimento ilícitos.

No ano passado a Petrobras assinou um acordo de cooperação com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) para os anos de 2015 e 2016 no valor de US$ 5 bilhões; foi fechado ainda um outro entre a Petrobras e o China EximBank, este de US$ 2 bilhões, que não prevê desembolso imediato, mas parcerias em projetos.

A informação da Agência Reuters diz ainda que as autoridades do Ministério de Minas e Energia brasileiro se encaminham para o Fórum Econômico Mundial, em Davos e na passagem pela China estiveram também com o vice-presidente-executivo do banco chinês China Development Bank , Wang Yongsheng, e com o presidente da Sinopec, Dai H Ouliang.





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