sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

CONLESTE PARTE DO ZERO


Quem critica a gestão do Prefeito de Niterói, a frente do Conleste, consórcio que reúne para defesa de interesses comuns dos municípios impactados pela Petrobras desde que se instalou em Itaboraí, há que reconsiderar. Os prefeitos buscam atualmente um estudo sócio-econômico da região para construção de um planejamento estratégico, projetos que já foram executados em vários convênios exaustivamente, desde a fundação do consórcio, mas que ninguém sabe onde foram parar. “Não existe nada. O Conleste não tem nem memória” criticou Rodrigo Neves.

Para o Prefeito Sadinoel, de Itaboraí, município que mais fez parcerias para “estudos para o Comperj” a situação é mais crítica. Segundo ele, não se tem nada sobre isso e tudo referente ao assunto é uma caixa preta, ninguém sabe ninguém viu. Sadinoel, que é vice-presidente do Conleste, ponderou, no entanto, que o momento é outro e é pertinente que se façam novos estudos, mais de acordo com a realidade dos municípios, principalmente o seu, visto que a base financeira e econômica mudou radicalmente com a paralisação do Comperj, que derrubou a arrecadação de impostos.

“Para fortalecer as prefeituras municipais, especialistas da FGV fornecerão apoio técnico para realização de projetos no setor de infraestrutura urbana e social. Os municípios conveniados deverão instituir uma Unidade Gestora Municipal (UGM), composta por técnicos das prefeituras, que receberão a assistência técnica e os cursos de capacitação. Essa equipe será responsável pela gestão dos projetos” anunciou a Petrobras, em outubro de 2011.

Na época a estatal comemorava o que se chamou de Convênio Excelência na Gestão de Investimentos, envolvendo a Caixa Econômica Federal, o Ministério das Cidades e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que para fortalecer as prefeituras municipais, forneceria apoio técnico de especialistas para realização de projetos no setor de infraestrutura urbana e social.

E assim se sucederam os anúncios de parcerias e convênios com diversas entidades como Firjan, Crea RJ, Fiocruz, até que em 2014, após sucessivos anúncios de mudanças no projeto do Comperj – agora apenas uma refinaria – quando o então  secretário  municipal de Desenvolvimento Econômico e Integração com o Comperj de Itaboraí, Luiz Fernando Guimarães, admitiu que a configuração não atraia mais tantas empresas quanto o esperado.

- Fora a Petrobras, as indústrias estão vindo para Itaboraí por causa do Arco Metropolitano ou devido a incentivos fiscais. Economicamente, temos buscado uma compensação do que não houve (com o Comperj), para aquilo que micou, frustrou – disse. Segundo ele, também, um estudo da prefeitura que estava em andamento mostraria, inclusive, que o Arco Metropolitano significaria mais possibilidades para a região do que o Comperj.

— É preciso apagar todos os números anunciados e fazer tudo de novo – sentenciou o secretário.

Essa semana, quinta-feira, em Maricá, o Conleste se reuniu pela última vez no ano. Entusiasmado com a retomada do desenvolvimento do Comperj e com a geração de empregos, Rodrigo Neves fez uma explanação de todo o trabalho que o consórcio vem fazendo durante a sua gestão e falou do plano futuro da entidade. A Petrobras participou do encontro que discutiu perspectivas do Estado do Rio diante da crise e índices de gestão fiscal, com a UFRJ e com a Firjan, sendo representada pela Gerente Executiva da empresa, Marina Barbosa Fachetti que expôs o planejamento do projeto integrado Rota 3. Pressionada pelos prefeitos por apoio aos seus projetos Marina lembrou que as coisas não são fáceis e por isso não são rápidas também.

O prefeito anfitrião do encontro, Fabiano Horta, comentou, depois da reunião a possibilidade do Arco Metropolitano chegar a Maricá. Segundo ele, é uma expectativa, principalmente após o anúncio do deputado federal, Altineu Cortes, Presidente da Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados e da Frente Parlamentar do Conleste, de uma Emenda com verba significativa para a obra.

Maricá vive agora o seu melhor momento com royalties de petróleo proveniente do Campo Lula e com a construção do Porto de Jaconé. Porta de entrada da Região dos lagos, Maricá é um dos municípios fluminenses que mais atrai a atenção de investidores do setor petrolífero e também a migração de trabalhadores e por isso Fabiano tem como meta priorizar a população maricaense nos empregos que surgem.

A Prefeitura de Maricá e a DTA Engenharia, empresa responsável pelo projeto do Terminal Ponta Negra (TPN), o porto de Jaconé, assinarão um protocolo de intenções visando a construção de ações que qualifiquem a mão de obra de Maricá para o acesso aos empregos que serão gerados através do empreendimento, anunciou a Prefeitura de Maricá, recentemente. "A celebração desse protocolo demonstra que realmente construiremos toda uma rede de ações, projetos e programas que será capaz de garantir ao maricaense acesso a todos esses empregos que serão gerado" avaliou o prefeito, na época do anuncio, acrescentando que  o porto será um passaporte de Maricá para uma fase onde se aliarão desenvolvimento sustentável com qualidade de vida e oportunidades para os cidadãos.




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