segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ATÉ DESPOJOS ATRAEM

Políticos estão no Comperj desde o tempo de Paulo Roberto Costa
Muita galinha e pouco ovo. É o que deixou claro mais um dos encontros dos prefeitos do integram o Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense, o (Conleste) que repetiu a velha cantilena do retorno da Petrobras ao Comperj e contratação de mão de obra local, embora não mais com a configuração de um dos maiores conglomerados petroquímicos do mundo. Os prefeitos dessa vez se encontraram dessa vez em São Gonçalo, para discutir de novo e mais uma vez,Planejamento, tema recorrente desde 2006, no anúncio do Comperj, e que já milhões de reais com contratação inclusive questionada na Justiça.

"Nós estamos conversando com a Petrobras para que a prioridade seja a contratação de mão de obra local. Para isso..." afirmou o prefeito José Luis Nanci, anfitrião do encontro, jogando para a platéia sem apresentar um programa de adequação da pior questão do trabalhador gonçalense, primordial para as vagas no Comperj, o transporte publico, hoje asfixiado por um consórcio de empresas que engessa a municipalidade.

Para não ficar para trás o presidente do Conleste e prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, anunciou reuniões presenciais, encontros com a sociedade civil, líderes empresariais e comunitários, consultores especializados e prefeitos dos municípios nos próximos seis meses, coincidentemente época que se inicia a campanha política.

“Vamos apontar caminhos e prioridades para o desenvolvimento sustentável da região pelos próximos vinte anos. Queremos potencializar as oportunidades que serão criadas e aproveitar esse grande investimento que será feito na região", declarou Rodrigo, esquecendo, parece que desde 2011 já existem esses estudos – pelo menos contabilizados – em detrimentos de assuntos mais emergenciais. No Plano de Desenvolvimento do Conleste o prefeito niteroiense inclui a Linha 3 do Metrô e das barcas ligando a Praça XV e São Gonçalo e se fosse incentivado, quem sabe, falava de corda em casa de enforcado,  com promessa de passagem a R$ 1,50.

“Temos travado uma árdua batalha desde 1º de janeiro e se não fosse o apoio dos prefeitos, especialmente dos prefeitos do Conleste e da bancada federal do Rio de Janeiro, nós provavelmente não teríamos superado esses momentos. Hoje temos o melhor presidente que poderíamos ter no Conleste e vamos fazer história com esse consórcio” comentou Sadinoel, Prefeito de Itaboraí, vice-presidente do Conleste, que enalteceu o consórcio sem, no entanto, anunciar as conquistas dessas parcerias. Sua cidade ainda amarga os resultados da aventura petista do Comperj com problemas sérios de temas básicos até como Esgoto, já que apenas duas estações de tratamento funcionam na cidade enquanto outras sete estão desativadas.

Comentada com lideranças empresariais de Itaboraí os teores desses encontros trazem preocupações maiores. Para os empresários a desfaçatez com que se posicionam os políticos demonstra que apesar da segunda chance parece que não aprenderam. Eles lembram que aos olhos da população o fracasso do Comperj se deveu a ineficiência e cumplicidade da classe política com os roubos no empreendimento. No meio popular a participação política nas coisas do Comperj, visto que não conhecem preocupações com a realidade do homem comum, é única:

- Amigo, eles não largam o osso. O finado Comperj é o defunto que ninguém quer enterrar, todo mundo quer continuar com as mãos até nas alças do caixão.

Não precisava nem pedir para comentar o anúncio do Deputado Federal Altineu Cortes, presente na reunião, sobre a criação de uma frente parlamentar, em Brasília, para acompanhamento do Comperj.





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