sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

LULA AMEAÇA CHINESES


Barrado pela Petrobras Lula falou no portão

A falta de empolgação do povo itaboraiense com a visita de Lula ao Comperj foi nítida e chega a deixar duvidar dos números que a mídia divulga sobre a disputa política no País. Mesmo considerando não ter sido no Centro do  município, mas dada a importância do Comperj, um esperado trunfo de votos do PT no Rio de Janeiro, os resultados não pareceu agradar ao ex-presidente.  Barrado pela Petrobras, Lula falou no portão do complexo praticamente já como novo presidente eleito, discursando sobre Ensino Médio e sobre a estima do fluminense nesse momento de crise que o Estado vive e ameaçou a venda do Comperj para os chineses.

-  Essa obra aqui deve continuar com investimento chinês. E eles têm que saber que eles podem comprar. Mas se eu voltar à presidência nós vamos ter que sentar na mesa e negociar as bases – antecipou.

Lula falou do complexo petroquímico, obra que vendeu ao eleitorado na campanha de Dilma Roussef como a redenção do Estado do Rio e como um novo Eldorado brasileiro e que gerou uma das maiores expectativas na economia nacional, atraindo a atenção de governos e de investimentos privados de várias partes do mundo.

- Quando pensamos em fazer o Comperj pensamos em uma mistura de refinaria e produtos petroquímicos. A gente escolheu aqui porque todo mundo que conhece essa região sabe que é empobrecida. E tem São Gonçalo, com mais de um milhão de habitantes, que parece que foi esquecida ao logo do tempo, pelos governos que passaram por aqui – disse o petista, chamando o ato de um protesto em defesa da construção do Comperj.

Em seguida Lula questionou a paralisação das obras do Complexo. Desavergonhada, a alma mais honesta do Brasil disse que não sabe por que o Comperj parou. “Eu vim para provar que não é correto essa empresa parada. Se ela estivesse hoje produzindo de riqueza ela estaria produzindo para o Estado do Rio de Janeiro?”. Sem dizer que está sendo responsabilizado por prejuízos de R$ 1,3 bilhão ao empreendimento, o ex-presidente, apontado como comandante do esquema que desviou bilhões nas obras do complexo, reagiu a paralisação das obras dizendo que  parada só da prejuízo, só dá desespero.

- E esse país não fala mais de desenvolvimento industrial, não fala mais de geração emprego, de desenvolvimento econômico, esse país só fala em corte, corte, corte e corrupção, corrupção, corrupção – vociferou.

O petista sem conseguir maior empolgação da pequena platéia composta de talvez  cerca de 200 correligionários, prosseguiu sua campanha de recuperação de imagem partidária alegando que  o PT fez mais combate a corrupção em 12 anos do que na historia de 500 anos do País.

“E nós queremos que continue combatida, nós queremos que quem roubou seja preso, se o empresário roubou  ele tem que estar preso. Agora o empresário é uma pessoa física, o que não pode é você fechar a empresa porque tem muita gente que roubou, fizeram acordo estão vivendo uma vida de nababo com metade do que roubaram e quem pagou o pato foram 197 mil trabalhadores da Petrobras que perderam o emprego e 50 mil da indústria naval” discursou.

Em defesa dos trabalhadores o petista lembrou “que essa gente não roubou, essa gente foi roubada, e essa gente ta pagando o pato porque o seu Fernando Machado ta morando bem, porque o seu Barusco, porque o seu Paulo Roberto ta morando bem, porque os empresários que fizeram delação ficaram com dois terços do que roubaram” acusou.

De repente a memória de Lula, 72 anos, voltou e ele recordou de praticamente quase tudo. Não citou Sergio Cabral mas falou do juiz Sergio Moro e da Medida Provisória 795 que tributa atividades de exploração e desenvolvimento de campo de petróleo ou de gás natural. A Petrobras proibiu a entrada de Lula na área da empresa e várias viaturas da PM desde cedo protegiam o local de uma possível tentativa de acesso de Lula e sua comitiva.

O ato, no entanto aconteceu pacificamente e sem maiores problemas. Lula tinha estado na noite anterior em Maricá, atualmente um dos maiores territórios petistas do Estado, liderados pelo presidente estadual do partido, o ex-prefeito Washington Quaquá, e onde mora a sua filha, Lurian Cordeiro Lula da Silva.








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