quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

CADÊ O DINHEIRO DAQUI

Adriana conta no vídeo que está sendo ameaçada

Novos governos se sucedem mas as velhas práticas persistem.  A prefeitura está sendo acusada de mais uma irregularidade, novamente comprando material hospitalar em empresa de fachada. A denuncia é do jornalista Elizeu Pires que relata uma transação de R$3,3 milhões de compra de produtos médicos, equipamentos e materiais de consumo para duas unidades do município de Itaboraí, que se deu com uma empresa que não existe no endereço que exibe o contrato. Recentemente uma conselheira denunciou corrupção e em Itaboraí já teve denúncia de endereço fantasma, ironicamente envolvendo um ex-conselheiro municipal de saúde , o mesmo que agora  gravou a delatora.

Segundo Elizeu os contratos 001 e 014 firmados pelo Fundo Municipal de Saúde de Itaboraí e a empresa Romano Comércio Representações e Serviços diz que essa funciona em Guapimirim, no número 213 da Rua Antonio Alves da Silva, na localidade de Parada Modelo, onde o que se vê por lá é uma loja fechada. Na vizinhança, segundo o jornalista, ninguém conhece ou se lembra de que naquele ponto tivesse funcionado a tal Romano.

O primeiro contrato da Romano com o município foi assinado no dia em abril pelo secretário de Saúde, Emanuel Ribeiro Romero que adquiriu equipamentos e materiais permanentes para o Centro Especializado de Reabilitação. O segundo, em  julho, com Julio Cesar de Oliveira Ambrósio assinando pelo Fundo Municipal de Saúde, aquisição de produto médico de uso único para a Policlínica de Especialidades Prefeito Francisco Nunes da Silva, informa o jornalista.

Segundo a denúncia, ainda, os dois contratos não discriminam produtos, equipamentos e os materiais de uso permanente adquiridos junto à empresa, representada por uma ex-candidata a Câmara Municipal de Teresópolis e que tem com o atividades venda de  materiais de construção, equipamentos para escritório; equipamentos e suprimentos de informática; transporte rodoviário de carga; obras de terraplenagem, transporte escolar e urbanização.

As contas da Saúde são motivos de denúncias e suspeitas desde os Anos 90 e envolve além de prefeitos e secretários, vereadores e membros do Conselho Municipal de Saúde. Recentemente a conselheira, Adriana Diniz, ameaçada em uma briga familiar, gravou um vídeo com o presidente da FAMI - Federação das Associações de Moradores de Itaboraí -  Luís de Jesus, o Portuga, denunciando  um “mensalinho” de R$ 1.800,00 no Conselho.

De acordo com Adriana, a prática vem desde o governo de Helil Cardozo e persiste, pelo menos até o mês passado,  ainda no de Sadinoel. Adriana conta que primeiro o dinheiro era pago em mãos e que depois passou a ser depositado em conta de laranjas, gratificados com R$100,00, e que o seu ex-marido propôs comprar o seu silêncio com um dinheiro vindo de um vereador.

“Ele veio me dar um dinheiro quando recebesse. Não sei se é R$ 5 mil ou R$ 10 mil” delata Adriana, dizendo para  Portuga, que também já foi acusado do mesmo procedimento em um fornecimento à PMI, representando uma empresa que não existia no endereço declarado, que o dinheiro para “calar sua boca” viria de um vereador.

O caso está sendo levado ao MP - Ministério Público, junto a várias outras denuncias sobre o Conselho Municipal de Itaboraí.



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