Adriana conta no vídeo que está sendo ameaçada |
Novos governos se sucedem mas as velhas práticas persistem. A prefeitura está sendo acusada de mais uma
irregularidade, novamente comprando material hospitalar em empresa de fachada.
A denuncia é do jornalista Elizeu Pires que relata uma transação de R$3,3
milhões de compra de produtos médicos, equipamentos e materiais de consumo para
duas unidades do município de Itaboraí, que se deu com uma empresa que não existe no
endereço que exibe o contrato. Recentemente uma conselheira denunciou corrupção e em Itaboraí já teve denúncia de endereço fantasma, ironicamente envolvendo um ex-conselheiro municipal
de saúde , o mesmo que agora gravou a delatora.
Segundo Elizeu os contratos 001 e 014 firmados pelo Fundo
Municipal de Saúde de Itaboraí e a empresa Romano Comércio Representações e
Serviços diz que essa funciona em Guapimirim, no número 213 da Rua Antonio
Alves da Silva, na localidade de Parada Modelo, onde o que se vê por lá é uma
loja fechada. Na vizinhança, segundo o jornalista, ninguém conhece ou se lembra
de que naquele ponto tivesse funcionado a tal Romano.
O primeiro contrato
da Romano com o município foi assinado no dia em abril pelo secretário de
Saúde, Emanuel Ribeiro Romero que adquiriu equipamentos e materiais permanentes
para o Centro Especializado de Reabilitação. O segundo, em julho, com Julio Cesar de Oliveira Ambrósio
assinando pelo Fundo Municipal de Saúde, aquisição de produto médico de uso
único para a Policlínica de Especialidades Prefeito Francisco Nunes da Silva,
informa o jornalista.
Segundo a denúncia, ainda, os dois contratos não discriminam
produtos, equipamentos e os materiais de uso permanente adquiridos junto à empresa,
representada por uma ex-candidata a Câmara Municipal de Teresópolis e que tem
com o atividades venda de materiais de
construção, equipamentos para escritório; equipamentos e suprimentos de
informática; transporte rodoviário de carga; obras de terraplenagem, transporte
escolar e urbanização.
As contas da Saúde são motivos de denúncias e suspeitas
desde os Anos 90 e envolve além de prefeitos e secretários, vereadores e
membros do Conselho Municipal de Saúde. Recentemente a conselheira, Adriana
Diniz, ameaçada em uma briga familiar, gravou um vídeo com o presidente da FAMI
- Federação das Associações de Moradores de Itaboraí - Luís de Jesus, o Portuga, denunciando um “mensalinho” de R$ 1.800,00 no Conselho.
De acordo com Adriana, a prática vem desde o governo de Helil Cardozo
e persiste, pelo menos até o mês passado,
ainda no de Sadinoel. Adriana conta que primeiro o dinheiro era pago em mãos e que
depois passou a ser depositado em conta de laranjas, gratificados com R$100,00, e
que o seu ex-marido propôs comprar o seu silêncio com um dinheiro vindo de
um vereador.
O caso está sendo levado ao MP - Ministério Público, junto a várias outras denuncias sobre o Conselho Municipal de Itaboraí.
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